UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE
CAMPUS DE ITABAIANA/SE
MESTRADO PROFISSIONAL DE LETRAS
ANNE ALESSANDRA CRUZ RIBEIRO
SEQUÊNCIA DIDÁTICA GÊNERO CONTO
“Chamamos céu aquele azul, depois do primeiro beijo” Maria Pilar Alberdi
APRESENTAÇÃO
A presente sequência didática foi solicitada como requisito avaliativo da disciplina Leitura do Texto Literário, no curso de Mestrado pelo Profletras, ministrada pela prof.ª. Dra. Jeane de Cássia N. Santos, na Universidade Federal de Sergipe, campus Prof. Alberto Carvalho, Itabaiana/Sergipe.
INTRODUÇÃO
A sequência didática trabalhará com o gênero conto. O conto pode ser considerado uma narrativa mais familiar para o aluno das séries iniciais do Ensino Fundamental II, por isso receberá maior ênfase. Todavia, serão utilizados outros gêneros, a fim de que o aluno possa estabelecer comparações e identifique o conto de forma mais fácil.
Esta sequência foi construída baseada no modelo de sequência básica de Cosson (2011) e segue as subdivisões sugeridas pelo autor: motivação, introdução, leitura e interpretação, sendo estas linearmente desenvolvidas.
No primeiro momento, o da motivação, o aluno desfrutará de uma série de textos que introduzem o tema de forma leve e dinâmica, através de gêneros diferentes do gênero principal, preparando-o para receber o texto. O segundo momento, trata sobre a apresentação de breves informações sobre o autor (a), bem como de algumas obras, sendo este momento denominado de introdução. Em seguida, ocorre o momento principal da sequência didática, o da leitura do texto, em que o aluno entrará em contato com o texto principal; aqui, a leitura poderá ser sugerida pelo professor de várias formas, dentre as quais podem ser citadas a leitura individual, em grupo, silenciosa ou não, entre outros. Já se tratando de textos curtos, a leitura deverá ser realizada preferencialmente na sala de aula. Por fim, no último momento, o da interpretação, quando espera-se que o aluno infira sentido ao texto lido, almeja-se que o aluno estabeleça relação entre todos os momentos apresentados anteriormente, visto que, objetivaram corroborar com a compreensão do texto, sendo este o momento no qual o aluno expõe aquilo que aprendeu.
OBJETIVOS GERAIS
- Proporcionar o conhecimento do texto literário, incentivando e conscientizando os alunos sobre a importância da leitura para o seu desenvolvimento e ampliação cultural.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
- Desenvolver o prazer pela leitura literária utilizando o gênero conto;
- Relembrar as principais características dos textos narrativos e os elementos do conto;
- Discutir sobre as emoções que podem estar relacionados ao ato de beijar;
- Identificar os diferentes tipos de beijo e as emoções que estão relacionadas a cada um deles;
- Introduzir o tema central da obra “descoberta da sexualidade”, de forma leve;
- Proporcionar o conhecimento e a troca de ideias sobre a temática.
GÊNERO: Conto
TEMA: O beijo: diferentes tipos e emoções.
PÚBLICO ALVO: 6º ano ou 7º ano do Ensino Fundamental II
NÚMERO DE AULAS: 6 aulas de 50 minutos.
RECURSOS UTILIZADOS: Notebook, Datashow, caixa de som, ou lousa digital multimídia, papel A4 para cópias de textos.
DESENVOLVIMENTO DA SEQUÊNCIA
- Motivação
1ª Aula (50 min):
O professor deverá introduzir a aula de forma bem descontraída, contando algumas piadas que falem sobre o primeiro beijo. Após contar as piadas que conhece, deverá contar a piada sugerida para neste trabalho, e apresentá-la na lousa, para então iniciar os questionamentos propostos.
TEXTO 1- Piada
Como dar um primeiro beijoUma menina de sete anos admitiu, calmamente para seus pais, que Joãozinho havia lhe dado um beijo depois da aula. – E como aconteceu isso? – perguntou a mãe assustada. – Não foi fácil, – admitiu a pequena garotinha – mas três meninas me ajudaram a segurá-lo.
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Disponível em: http://www.piadas.com.br/
QUESTIONAMENTOS SOBRE O TEXTO 1
- Quais são os personagens apresentados na piada?
- O título da piada correspondeu as suas expectativas?
- A menina afirma que Joãozinho havia lhe dado um beijo. Você concorda com essa afirmação?
- Por que a mãe se assustou com a informação apresentada pela filha?
- Qual frase carrega o humor da piada?
- Joaozinho beijou a menina como prova do seu amor por ela? Justifique sua resposta.
- Quantos anos a garota tinha quando deu seu primeiro beijo?
- Existe uma idade mínima para dar o primeiro beijo? A idade que a garota se encontrava era ideal para realizar o ato de beijar? Justifique.
- Existe algum elemento explícito que colabore para a confirmação da parte do corpo em que o beijo foi dado? É possível confirmar o sentimento da garota por Joãozinho?
- Que tipo de beijo vocês conhecem e quais sentimentos podem vir atrelados a esses diferentes beijos? Sugerir debate sobre beijo entre namorados, amigos, pais e filhos, beijos de saudação, despedida, apresentação, entre outros.
Dando continuidade, o professor introduzirá o tema “a primeira vez que…”, dando os alunos um tempo mínimo de 5 minutos para lembrar sobre algo que realizaram pela primeira vez, descrevendo a situação, o local, o momento e a emoção que sentiram realizar aquele fato pela primeira vez. O fato poderá ser antigo ou recente. Espera-se que a partir da motivação inicial, os alunos sintam-se encorajados a relatar sobre o primeiro beijo, porém não deverá ser exigido essa temática. Os relatos devem ser contados de forma natural e verdadeira.
O professor deverá permitir que os alunos tomem ciência de que os relatos serão apresentados oralmente para toda a classe, a fim de se evitar algum tipo de constrangimento. Após prévia observação e análise dos depoimentos, o professor convidará aos alunos para exporem seus relatos, deixando propositalmente para o final aqueles relatos que remetam ao tema central.
2ª Aula (50 min):
A aula inicia-se com a exposição de diferentes vídeos que contém trechos de filmes com recortes de cenas de beijo, com o intuito de chamar a atenção para diferentes tipos de beijos. A exposição dos vídeos poderá ser ampliada de acordo com os conhecimentos do professor; seguem alguns vídeos sugeridos.
Vídeo 1- Shrek
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=aNtVrACEUoU
Vídeo 2- A Bela e a Fera
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=bVwd5lJruYs
Após exibição dos trechos de filmes, iniciam-se os questionamentos:
- Há diferença entre os beijos?
- O efeito causado pelo beijo foi o mesmo nos dois filmes?
- No primeiro vídeo, o que significa dizer que alguém assumirá a sua verdadeira forma?
- Ainda sobre o primeiro vídeo, por que Fiona não voltou a ser a princesa de antes?
- No segundo filme, a Fera transforma-se em príncipe após ser beijado. Você acredita que o beijo causaria esse efeito em alguém na vida real?
- Se pudéssemos substituir a Fera e o próprio beijo por coisas reais, que significados você daria a esses elementos? O que eles representam?
Assim que se encerrarem os questionamentos sobre os filmes, o professor expõe as imagens na lousa e inicia uma análise simples sobre os diferentes beijos apresentados nas obras. As observações serão feitas livremente pelos alunos e no final dos argumentos dos alunos o professor apresenta breves comentários sobre as telas.
Inicia-se uma roda de conversa sobre o primeiro beijo, com o intuito de tecer comentários sobre o tema e fazer um levantamento de conhecimento prévio sobre sexualidade. Questionamentos devem ser levantados pelo professor, tais como: você já beijou? Com quantos anos você deu o primeiro beijo? Se lembra onde e quando ocorreu? O que sentiu ao beijar pela 1ª vez?
Durante a discursão o professor pode introduzir algumas curiosidades sobre o beijo para descontrair e a roda de conversa não se tornar um interrogatório constrangedor. As curiosidades podem ser relacionadas à origem do beijo, o significado do beijo para diferentes culturas dos países ou curiosidades mais simples, como as apresentadas a seguir.
1ª CURIOSIDADE
10% do mundo simplesmente não beija
Pois é. A gente sabe que parece errado isso aí, mas é verdade. Vamos aos fatos: a Ilha de Mangaia, que também é a ilha mais antiga do Oceano Pacífico, só foi saber o que era beijar em 1700, quando os ingleses chegaram com a novidade.
A verdade é que, mesmo agora, há 10% da população mundial que simplesmente não beija. Há muitos motivos para isso: em algumas áreas do Sudão, por exemplo, as pessoas não têm esse costume porque acreditam que a boca é a janela da alma. Beijar seria, portanto, uma forma de ter suas almas roubadas.
2ª CURIOSIDADE
Não somos os únicos
Outros animais além de nós, humanos, também costumam trocar beijos. É o caso dos chimpanzés, que trocam beijinhos depois de uma briga. Há diversos estudos que já comprovaram que outros primatas têm o costume de beijar. E, além deles, vale falar das suricatas e dos elefantes, que também beijam e demonstram afeto.
- Introdução
3ª Aula (50 min):
O que é o gênero conto?
O professor inicia indagando a turma sobre o que é um conto, se já conheciam ou já tinham ouvido falar. Em seguida, apresenta uma definição breve do gênero, seus elementos e aspectos principais. Posteriormente, solicita que a classe comente se já leram ou escreveram um conto e pede para comentar sobre eles. Caso eles não lembrem, instiga os sobre o conhecimento de contos de outros autores, à medida que justifica o motivo pelo qual consideram a história que apresentaram como um conto, citando assim suas características e elementos.
Após apresentar o gênero conto, que será trabalhado em sala, o professor apresenta a autora e a obra. Inicialmente fala sobre a autora, Clarisse Lispector, atendo-se a informações importantes sobre a vida e obra dela, especialmente para a obra Felicidade Clandestina (Contos 1971), por tratar-se de uma coletânea de contos, de onde o conto principal foi extraído, inferindo também os conhecimentos dos alunos, se já o conheciam ou leram alguma obra.
Após essa primeira apresentação do autor e obras o professor poderá levar os alunos ao laboratório de informática para acessarem ao blog dedicado a autora ou o próprio professor pode usar o próprio Datashow e conduzir a visita ao blog com todos os alunos assistindo. Para despertar maiores curiosidades sobre a autora e obras.
Neste momento de apresentação é imprescindível que o professor disponibilize obras da autora que estejam disponíveis na biblioteca da escola ou da cidade.
https://claricelispector.blogspot.com.br/
- Leitura
4ª Aula (50 min): leitura do texto
É o momento em que ocorre a disponibilização dos textos para os alunos, com a apresentação e leitura do conto (O Primeiro Beijo) de Clarisse Lispector.
Antes da leitura do texto, levanta-se hipóteses sobre o que os alunos esperam de acordo com o título do texto, para então solicitar a leitura silenciosa e individual por parte dos alunos.
Após leitura deve-se pedir aos alunos que identifiquem os vocábulos que julgarem de difícil entendimento e que efetuem pesquisa no dicionário para não prejudicar a compreensão geral do texto.
TEXTO
O Primeiro Beijo – Conto de Clarice Lispector
Os dois mais murmuravam que conversavam: havia pouco iniciara-se o namoro e ambos andavam tontos, era o amor. Amor com o que vem junto: ciúme.
– Está bem, acredito que sou a sua primeira namorada, fico feliz com isso. Mas me diga a verdade, só a verdade: você nunca beijou uma mulher antes de me beijar? Ele foi simples:
– Sim, já beijei antes uma mulher.
– Quem era ela? perguntou com dor.
Ele tentou contar toscamente, não sabia como dizer.
O ônibus da excursão subia lentamente a serra. Ele, um dos garotos no meio da garotada em algazarra, deixava a brisa fresca bater-lhe no rosto e entrar-lhe pelos cabelos com dedos longos, finos e sem peso como os de uma mãe. Ficar às vezes quieto, sem quase pensar, e apenas sentir – era tão bom. A concentração no sentir era difícil no meio da balbúrdia dos companheiros.
E mesmo a sede começara: brincar com a turma, falar bem alto, mais alto que o barulho do motor, rir, gritar, pensar, sentir, puxa vida! Como deixava a garganta seca.
E nem sombra de água. O jeito era juntar saliva, e foi o que fez. Depois de reunida na boca ardente engulia-a lentamente, outra vez e mais outra. Era morna, porém, a saliva, e não tirava a sede. Uma sede enorme maior do que ele próprio, que lhe tomava agora o corpo todo.
A brisa fina, antes tão boa, agora ao sol do meio dia tornara-se quente e árida e ao penetrar pelo nariz secava ainda mais a pouca saliva que pacientemente juntava.
E se fechasse as narinas e respirasse um pouco menos daquele vento de deserto? Tentou por instantes mas logo sufocava. O jeito era mesmo esperar, esperar. Talvez minutos apenas, enquanto sua sede era de anos.
Não sabia como e por que mas agora se sentia mais perto da água, pressentia-a mais próxima, e seus olhos saltavam para fora da janela procurando a estrada, penetrando entre os arbustos, espreitando, farejando.
O instinto animal dentro dele não errara: na curva inesperada da estrada, entre arbustos estava… o chafariz de onde brotava num filete a água sonhada. O ônibus parou, todos estavam com sede mas ele conseguiu ser o primeiro a chegar ao chafariz de pedra, antes de todos.
De olhos fechados entreabriu os lábios e colou-os ferozmente ao orifício de onde jorrava a água. O primeiro gole fresco desceu, escorrendo pelo peito até a barriga. Era a vida voltando, e com esta encharcou todo o seu interior arenoso até se saciar. Agora podia abrir os olhos.
Abriu-os e viu bem junto de sua cara dois olhos de estátua fitando-o e viu que era a estátua de uma mulher e que era da boca da mulher que saía a água. Lembrou-se de que realmente ao primeiro gole sentira nos lábios um contato gélido, mais frio do que a água.
E soube então que havia colado sua boca na boca da estátua da mulher de pedra. A vida havia jorrado dessa boca, de uma boca para outra.
Intuitivamente, confuso na sua inocência, sentia intrigado: mas não é de uma mulher que sai o líquido vivificador, o líquido germinador da vida…. Olhou a estátua nua.
Ele a havia beijado.
Sofreu um tremor que não se via por fora e que se iniciou bem dentro dele e tomou-lhe o corpo todo estourando pelo rosto em brasa viva. Deu um passo para trás ou para frente, nem sabia mais o que fazia. Perturbado, atônito, percebeu que uma parte de seu corpo, sempre antes relaxada, estava agora com uma tensão agressiva, e isso nunca lhe tinha acontecido.
Estava de pé, docemente agressivo, sozinho no meio dos outros, de coração batendo fundo, espaçado, sentindo o mundo se transformar. A vida era inteiramente nova, era outra, descoberta com sobressalto. Perplexo, num equilíbrio frágil.
Até que, vinda da profundeza de seu ser, jorrou de uma fonte oculta nele a verdade. Que logo o encheu de susto e logo também de um orgulho antes jamais sentido: ele…
Ele se tornara homem.
“Felicidade Clandestina” – Ed. Rocco – Rio de Janeiro, 1998
Antes de realizar a interpretação propriamente dita, o professor poderá fazer a leitura do texto em voz alta, seguido de perguntas que possibilitem a compreensão dos seguintes aspectos: Identificação do gênero, descoberta dos elementos da narrativa e identificação da temática.
- Interpretação
5ª e 6ª Aula (50 min cada):
Neste momento inicia-se a interpretação do texto, observando-se a intertextualidade entre os diferentes gêneros apresentados, como a piada, as narrativas áudio visuais, as obras de arte e o próprio conto, a partir dos seguintes questionamentos:
- Há alguma relação entre os textos apresentados? Em caso positivo, qual?
- Os beijos apresentados fora todos iguais? Você identificou algum diferente? Se sim, o que o caracterizou como diferente dos demais?
- Quais os significados que os beijos podem carregar?
- No conto “O Primeiro Beijo”, qual sentimento foi despertado no garoto quando deu seu primeiro beijo?
- Que parte do conte te chamou mais atenção?
- Onde e quando a história acontece?
- Quais os personagens envolvidos e quem é o protagonista?
- Que sentimento foi despertado na namorada do protagonista durante a viagem?
- Como você reagiria se fosse a namorada do protagonista entes dele contar a história e depois de contá-la?
Em caso de surgir muitos comentários sobre ciúmes, dor e sentimentos negativos que acompanham os namoros, o professor poderá abordar essa temática com a música (Era uma vez) de Kell Smith, disponível em https://www.youtube.com/watch?v=xJNKT9HAXRc. Caso não julgue necessário, deverá avançar para a parte 2 de produção textual.
Era Uma Vez
Era uma vez
O dia em que todo dia era bom
Delicioso gosto e o bom gosto das nuvens
Serem feitas de algodão
Dava pra ser herói no mesmo dia
Em que escolhia ser vilão
E acabava tudo em lanche
Um banho quente e talvez um arranhão
Dava pra ver, a ingenuidade a inocência
Cantando no tom
Milhões de mundos e os universos tão reais
Quanto a nossa imaginação
Bastava um colo, um carinho
E o remédio era beijo e proteção
Tudo voltava a ser novo no outro dia
Sem muita preocupação
É que a gente quer crescer
E quando cresce quer voltar do início
Porque um joelho ralado
Dói bem menos que um coração partido
É que a gente quer crescer
E quando cresce quer voltar do início
Porque um joelho ralado
Dói bem menos que um coração partido
Dá pra viver
Mesmo depois de descobrir que o mundo ficou mau
É só não permitir que a maldade do mundo
Te pareça normal
Pra não perder a magia de acreditar na felicidade real
E entender que ela mora no caminho e não no final
É que a gente quer crescer
E quando cresce quer voltar do início
Porque um joelho ralado
Dói bem menos que um coração partido
É que a gente quer crescer
E quando cresce quer voltar do início
Porque um joelho ralado
Dói bem menos que um coração partido
PARTE 2
Para encerrar o estudo do texto e da temática é possível fazer uma pequena coleta de dados para produção de painel para expor na classe ou um painel digital que deverá ser lançado na internet ou nas redes sociais da escola, caso a escola possua.
Para a produção do painel segue-se os seguintes passos:
- Realizar pesquisa de campo na própria comunidade escolar, interrogando alunos de outras classes e funcionários em geral, com o intuito de coletar depoimentos sobre o primeiro beijo ou primeiro namoro e as emoções boas e ruins que estavam ligadas a eles. Sempre mantendo os entrevistados informados sobre a utilização dos dados e recolhendo autorização dos mesmos;
- Coletar imagens que remetam aos sentimentos apresentados nos depoimentos;
- Produzir um final diferente para o conto, seja ele fictício ou aproveitando-se dos depoimentos recolhidos. O professor poderá levantar o questionamento a seguir: Como você continuaria a história? Você poderá escolher apresentar a reação da namorada diante dos fatos para continuar o conto ou apresentar uma nova versão do próprio protagonista para mostrar um final diferente;
- Produção do painel com todos os elementos anteriores.